Você sabe que, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos de doença no Brasil. O INCA (Instituto Nacional do Câncer), registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos.
Apesar dos diversos tipos de câncer, o de pele é um dos menos comentados. O verão é a época da qual ele tem mais visibilidade, aliás, é quando o sol está forte o suficiente para sentirmos na pele os seus malefícios.
Por ser o maior órgão do ser humano, a pele está sempre muito exposta, e os raios UVA e UVB, caso você não se proteja adequadamente em seu dia a dia, seja no inverno ou no verão, a penetração desses raios pode ser perigosa.
E como no Brasil os índices de câncer de pele é muito maior por conta do excesso de exposição aos raios ultravioletas, é bom revisarmos melhor os nosso hábitos e proteger nossa pele de doenças como essa. Vamos lá?
Como identificar o câncer de pele?
Existem vários tipos dessa mesma doença, porém a identificação se dá de forma igual para todos, segundo o INCA, existem alguns pontos que precisam a sua atenção na hora de se auto diagnosticar e também para procurar um médico especialista.
Esse tipo de câncer surge, principalmente, em áreas do corpo que são mais expostas ao sol, podem apresentar manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou até mesmo sangram.
No próximo parágrafo eu vou me aprofundar mais nos sintomas e também mostrar alguns tipos e suas peculiaridades.
Principais sintomas
Assim como falado anteriormente, esse tipo de câncer surge nas áreas mais expostas ao sol. Aliás, o sol e a falta de proteção solar são os maiores perigos para nossa pele em diversos sentidos.
Caso você veja que há surgimento de pintas ou sinais que mudam de tamanha, forma e cor, é importante se atentar. Outros sintomas como mudança na textura da pele ou dor e feridas que não cicatrizam em até 4 semanas, são pontos de alerta.
Como existem tipos da doença, isso acaba mudando o quadro de sintomas, pois alguns tipos, tanto benigno, quanto maligno, se apresentam de formas diferentes. Conheça alguns:
Tipos de câncer de pele
Os cânceres, geralmente, são separados conforme a estrutura do corpo que eles estão provocando, por isso, é necessário atentar-se às suas individualidades.
Câncer de pele melanoma:
Esse tipo em específico é o mais agressivo e pode surgir em locais como a pele, olhos, orelhas, trato gastrointestinal e nas membranas mucosas e genitais. Nos homens, os locais mais comuns de surgimento é no dorso e nas mulheres surgem, geralmente, nos braços e pernas.
Esse câncer tem origem nas células produtoras da melanina, a substância que determina a cor da pele, sendo assim, se torna mais frequente em adultos de pele branca.
Mas, embora o câncer de pele seja o mais frequente em nosso país, correspondendo 30% do total de tumores malignos que são registrados no Brasil, a representatividade do melanoma está em apenas 3% das neoplasias malignas do órgão, segundo o site do Ministério da Saúde.
Câncer de pele não melanoma:
Diferente do câncer melanoma, os tipos mais comuns são chamados de carcinomas, que pode ser basocelular ou espinocelular.
O carcinoma basocelular ou também conhecido como carcinoma de células basais, é o tipo mais comum de cancro da pele. Ele se manifesta, geralmente, em locais da pele geralmente mais elevados e é indolor. Apresenta como característica uma forma brilhante e com pequenos vasos capilares ou com ulceração.
Seu crescimento é lento e pode lesionar alguns tecidos envolventes, porém existe uma probabilidade bem mínima de que se alastre para áreas distantes ou que seja fatal.
Já o carcinoma espinocelular, que também é conhecido pelo nome de carcinoma de células escamosas tem origem em camadas superficiais da epiderme e, em geral, acaba atingindo as áreas que são mais expostas ao sol, por exemplo: rosto, orelhas, pescoço, lábios e dorso das mãos.
O carcinoma espinocelular, segundo o site do Hospital Sírio Libanês, corresponde cerca de 20% de todos os cânceres de pele. As chances de cura são muito altas e as mortes causadas por ele são extremamente incomuns.
Outros tipos
Esses casos são denominados como os mais raros, pois atingem outras células do corpo, tornando-os incomum.
- Carcinoma sebáceo (glândulas sebáceas);
- Sarcoma de Kaposi;
- Carcinoma anexial microcístico (tumor das glândulas sudoríparas)
- Linfoma de cutâneo de células T (câncer do sistema linfático que tende a atacar a pele);
- Tumor de células de Merkel.
Tipos de diagnósticos
Os diagnósticos de um câncer de pele é feito em avaliação médica e exame de biópsia do tecido suspeito de conter a doença. Os exames que pode ser pedidos para analisar e ter o diagnóstico são a dermatoscopia, microscopia confocal e a biópsia. Conheça mais:
A dermatoscopia é basicamente um exame complementar para diagnosticar o câncer de pele. Ela é feita de duas formas: manual e digital. Na forma manual o dermatologista olha as pintas do corpo que possuem relevância e na forma digital é feito um mapeamento digital da pele, documentando as lesões para que seja acompanhado com o passar do tempo.
A microscopia confocal é um método por imagem não invasivo, ela permite a avaliação das camadas da pele em um tecido vivo, conseguindo observar as lesões alteradas.
O diagnóstico por biópsia é aquele enviado para uma avaliação histológica, do qual dirá se o tecido é ou não canceroso, além do seu tipo e o grau de malignidade. Além de outras informações pertinentes ao paciente.
Fatores de risco
- Exposição excessiva ao sol (geralmente pessoas que trabalham ao ar livre);
- Características da pele;
- Histórico pessoal e familiar;
- Imunidade enfraquecida;
- Idade e sexo masculino.
Cuidados e tratamentos
Para cuidar da pele e evitar o risco do câncer surgir, é necessário que você tenha alguns cuidados, como, por exemplo, usar filtro solar FPS mínimo 30 diariamente e refazer a aplicação duas vezes durante o dia.
Além disso, evitar horários em que o sol está mais forte é primordial (entre 10h e 16h). Sabemos que o sol emite diversos raios do tipo UVA e UVB, sendo o UVB o mais prejudicial à saúde da nossa pele.
Ter um conhecimento sobre sua pele é essencial para que você consiga detectar precocemente a doença, aliás, quando um sinal ou uma pinta surge em um local que não deveria, é certo que você já deve tomar algumas medidas cautelares e verificar o que é.
Ir com frequência a um dermatologista também é uma forma de prevenção ao câncer de pele, aliás, caso o paciente já tenha sofrido uma vez com o problema, o médico especializado não pode abrir mão do acompanhamento.
O câncer de pele é um dos menos falados, por isso pode se tornar perigoso. Vamos tomar mais cuidado, ok? Aliás, é bom sempre compartilhar com os amigos mais próximos que amam uma praia e pegar um bronze.
E como você vem cuidando da sua pele? Você tem dúvidas sobre o câncer de pele? Deixa aqui para a gente nos comentários e venha conversar comigo.